O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello prestou depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira, 29, no inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro cometeu crime de prevaricação no caso Covaxin, de acordo com o G1. O inquérito foi instaurado a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O caso é conduzido pelo Serviço de Inquéritos Especiais (Sinq) da Polícia Federal porque Bolsonaro tem foro privilegiado. O prazo inicial para conclusão das investigações é de 90 dias, mas pode ser prorrogado.
Na última terça-feira, 27, quem prestou depoimento à PF foi o deputado federal Luis Miranda. À CPI da Covid, o parlamentar e seu irmão Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, afirmaram que o chefe do Palácio do Planalto foi informado sobre suspeitas de irregularidades nas negociações para compra da vacina indiana. O crime de prevaricação ocorre quando um agente público atrasa ou deixa de agir conforme suas obrigações para “satisfazer interesse ou sentimento pessoal”.
Inicialmente, Bolsonaro confirmou o encontro com os irmãos Miranda, mas disse que não foi informado sobre supostas ilegalidades. Depois, passou a afirmar que acionou Pazuello após ouvir o relato dos dois.
Foto: divulgação