A Secretaria de Mobilidade (Semob) irá alertar motociclistas, ciclistas e pedestres sobre o “ponto cego” dos ônibus, um espaço de aproximadamente quatro metros a partir do banco do motorista no qual o condutor não consegue enxergar motos ou bicicletas que estejam trafegando ao lado do veículo. Os primeiros ônibus começaram a receber a sinalização “Atenção, o motorista pode não estar vendo você” a partir desta terça-feira (27), quando também é comemorado o Dia do Motociclista.
Tanto a frota de 1,8 mil veículos do Sistema de Transporte Coletivo por Ônibus (STCO) quanto os 210 “amarelinhos” do Transporte Complementar (Stec) receberão dois adesivos – um de cada lado do veículo – para alertar sobre o espaço em que não é possível visualizar aqueles que estejam naquele ponto. O prazo para finalizar a adesivação de toda a frota que atende a cidade é de 60 dias.
De acordo com o secretário de Mobilidade de Salvador, Fabrizzio Muller, a ideia surgiu após trocas de experiências com outras cidades que já adotaram a estratégia, após encontros com participantes do Programa QualiÔnibus do WRI Brasil. “Estamos sempre em busca de ações que possam gerar ganhos na segurança e mobilidade urbana da cidade, e identificamos a oportunidade de trazer esta iniciativa para Salvador”, observou Muller.
A estratégia busca reduzir o número de acidentes envolvendo as partes mais vulneráveis no trânsito e os ônibus que operam na cidade. “O objetivo da sinalização é alertar, em especial os ciclistas, motociclistas e pedestres, que acabam sendo as principais vítimas de acidentes no trânsito, para que, no intuito de garantir sua própria segurança, evitem se posicionar próximo a este ponto”, frisou o gestor.
Em Fortaleza, por exemplo, uma das primeiras cidades a implementar este tipo de sinalização, a autarquia municipal de trânsito registrou, entre 2017 e 2020, uma redução de 79% nos acidentes envolvendo ônibus. Além de Fortaleza, cidades brasileiras como Belo Horizonte e São Paulo, além de Bogotá, na Colômbia, e cidades do Reino Unido já adotam a medida de segurança na própria frota de transporte coletivo.
Foto: Otávio dos Santos/Secom