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TSE NEGA QUE APURAÇÃO DAS ELEIÇÕES SEJA SECRETA

Redação - 23/07/2021 07:15 - Atualizado 23/07/2021

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rebateu nesta quinta-feira as novas acusações sem provas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro de que a apuração dos votos é feita por “meia dúzia de pessoas, de forma secreta” em uma “sala lá do TSE”. O presidente e seus apoiadores têm como bandeira o voto impresso, que está em análise na Câmara dos Deputados.

Para desmenti-lo, a Corte eleitoral explicou que a apuração dos resultados das eleições é feita automaticamente pela urna eletrônica logo após o encerramento da votação, com a impressão, em cinco vias, do Boletim de Urna (BU), que contém a quantidade de votos registrados na urna para cada candidato e partido, além dos votos nulos e em branco. Ainda de acordo com o TSE, uma das vias impressas é afixada no local de votação, visível a todos, de modo que o resultado da urna se torna público e definitivo. Vias adicionais são entregues aos fiscais dos partidos políticos.

Segundo o tribunal, alvo frequente de ataques feitos por parte de Bolsonaro, o “processo de apuração é realizado pela urna eletrônica antes da transmissão de resultados, que ocorre por uma rede de transmissão de dados criptografados de uso exclusivo da Justiça Eleitoral”. “O resultado final divulgado pelo TSE sempre correspondeu à soma dos votos de cada um dos boletins de urna impressos em cada seção eleitoral do país”, disse o TSE por meio de nota.

A Corte esclareceu ainda que o resultado definitivo de cada urna sai impresso e é tornado público após a votação, e ele pode ser facilmente confrontado, por qualquer eleitor, com os dados divulgados pelo TSE na internet, após a conclusão da totalização.”Os partidos e outras entidades fiscalizadoras também podem solicitar todos os arquivos das urnas eletrônicas e do banco de dados da totalização para verificação posterior”, afirmou.

— Eu não estou acusando servidores do TSE. Eu não posso admitir que meia dúzia de pessoas tenham a chave criptográfica de tudo, e essa meia dúzia de pessoas, de forma secreta, conte os votos numa sala lá do TSE. Isso não é admissível — disse Bolsonaro mais cedo nesta quinta, em entrevista a uma rádio. Bolsonaro promete desde março de 2020 apresentar provas de fraude na eleições, mas ainda não fez isso. No mês passado, o TSE deu 15 dias para o presidente apresentar evidências de irregularidades na urna eletrônica. Devido ao recesso judiciário, esse prazo vence no dia 2 de agosto.

Foto: divulgação

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