A abertura da janela de negociações internacionais e o movimento do mercado fez o Bahia perder dois jogadores importantes no esquema do técnico Dado Cavalcanti. Problemas que o treinador encara antes da sequência de confrontos com Flamengo, domingo, e Atlético-MG – este último pelo Brasileirão e Copa do Brasil, na sequência. A primeira parte do quebra-cabeça para Dado está no sistema defensivo. Com a saída de Juninho – negociado ao Midtjylland, da Dinamarca, por cerca de R$ 10 milhões -, o treinador se vê obrigado a encontrar uma nova dupla de zaga para o restante da temporada.
Nos últimos jogos, Luiz Otávio vinha sendo o companheiro de Juninho na defesa, já que Germán Conti estava machucado. Com o retorno do argentino, uma das possibilidades para o Bahia é a de reeditar a parceria entre Conti e Luiz Otávio. Os dois já atuaram juntos no início da temporada, mas o zagueiro que veio da Chapecoense perdeu espaço após algumas atuações ruins. Apesar da vantagem no entrosamento com Germán Conti, a tendência é a de que Luiz Otávio volte a figurar no banco. Como já esperava uma proposta do futebol internacional por Juninho, o tricolor se antecipou e contratou o baiano Ligger, que estava no Red Bull Bragantino, como reposição.
O zagueiro de 33 anos estreou contra o São Paulo, sábado passado, e, apesar da derrota por 1×0, deixou boa impressão. Canhoto, ele não esconde que prefere atuar do lado esquerdo e, também por isso, aparece na frente na disputa. “Eu sou canhoto e, assim como Juninho, gosto de jogar do lado da perna de origem. Mas independente de qual lado seja, estou aqui para buscar o meu espaço junto com qualquer jogador que o professor optar”, explicou Ligger ao ser apresentado no Bahia.
Além dele, Dado tem como outras possibilidades o experiente Lucas Fonseca e o garoto Gustavo Henrique. Aos 35 anos, Lucas tem sido utilizado como um apoio de emergência nesta temporada. Apesar de ser considerado um líder no elenco, o defensor deixou a desejar na única partida que fez como titular, pelo Brasileirão, na derrota para o América-MG, por 4×3, em Pituaçu. Já Gustavo Henrique vive situação oposta. Com 21 anos, o defensor está no clube emprestado pelo Atlético-MG e se destacou na equipe de transição durante o Campeonato Baiano. Pinçado para o time principal, ainda não recebeu chance de jogar.
Meio-campo
A dúvida maior para o treinador está no meio-campo. Com a iminente saída de Thaciano – que tem proposta de um clube turco e já se despediu do elenco -, ele perde não só um titular, mas um meia de característica única no elenco, por alternar entre marcação e entrada na área adversária. Com Rodriguinho atuando mais avançado, o único meia do grupo passa a ser Thonny Anderson. O volante Matheus Galdezani também possui certa desenvoltura para ir ao ataque e pode ser escalado na função. Uma outra possibilidade seria o também volante Pablo, que no Vila Nova se destacou por ajudar na armação e aparecer na área. Mas ele tem recebido poucas chances no Bahia. Com as peças na mesa, Dado agora analisa os cenários para montar a equipe que encara o Flamengo, domingo (17), às 18h15, em Pituaçu, pela 12ª rodada do Brasileirão.
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