Com queda de 9,9% em maio deste ano, no acumulado de 12 meses, a produção da indústria de transformação baiana ocupou a última posição no ranking dos quatorze estados que participam do estudo Produção Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF). De acordo com a nota PIM-PF, elaborada pela Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), na média, a indústria de transformação brasileira apresentou crescimento de 5,7% no mesmo período.
Na Bahia, em maio, dos 11 segmentos analisados, quatro apresentaram queda: Veículos automotores (-53,9%), Metalurgia (-22,0%), Refino de petróleo e biocombustíveis (-16.4%); Equipamentos de Informática (-13,9%).
“O resultado foi muito influenciado pelo setor de refino. A ocorrência de uma parada para manutenção na Refinaria Landulpho Alves (RLAM) impactou expressivamente a produção de combustíveis e outros derivados de petróleo. Após a parada, a produção deve ser retomada aos patamares anteriores”, explica o gerente de Estudos Técnicos da FIEB, Ricardo Kawabe.
Ele ressalta que o desempenho negativo da indústria baiana também é reflexo do fechamento da Ford. O complexo da empresa, em Camaçari, representava o 5º maior setor da indústria de transformação do estado. “O encerramento da produção de uma atividade tão importante obviamente gera impacto significativo no agregado da indústria”, afirma.
Em contrapartida, em maio seis segmentos industriais apresentaram crescimento: Produtos Químicos (16,5%), Bebidas (13,1%), Borracha e Plástico (11,0%), Minerais não metálicos (8,3%), Couro e Calçados (6,7%), Celulose e Papel (4,5%), Alimentos (0,1%).
“Outros setores já estão mostrando sinais de recuperação e crescimento na produção. Alguns com evolução bem expressiva. Isso é um sinal que a economia industrial está começando a melhorar”, pontua Kawabe.