A CPI da Covid ouve nesta terça-feira Emanuela Medrades, diretora da Precisa Medicamentos, empresa que intermediou a venda da Covaxin, vacina indiana. A Precisa foi responsável por fechar um contrato de R$ 1,6 bilhão com o governo federal para aquisição do imunizante, alvo de inquérito do Ministério Público Federal (MPF) e da CPI.
Nesta segunda-feira, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, autorizou Emanuela Medrades a ficar em silêncio no depoimento, mas não permitiu que ela faltasse à audiência, como ela havia pedido. Ela poderá deixar de falar sobre fatos que a incriminem, mas terá que responder a outras perguntas.
A compra da Covaxin está sob suspeita por ter sido a única que contou com uma empresa intermediária, a Precisa, e pelos relatos de que teria havido pressão no Ministério da Saúde sobre um servidor que depôs à CPI, Luis Ricardo Miranda, para agilizar a importação mesmo sem a documentação necessária. A negociação com a Precisa foi a mais célere das compras de vacina pelo governo brasileiro, segundo dados do próprio ministério.
Após as revelações sobre o processo de contratação, o Ministério da Saúde suspendeu o contrato. O MPF apontou, na investigação em andamento, que houve descumprimento do contrato por parte da fabricante por não terem enviado até agora a vacina devido aos problemas com a documentação. Foi instaurado recentemente um inquérito criminal para apurar o caso na Procuradoria. A Polícia Federal (PF) também está investigando o caso.
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