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PLANOS DE SAÚDE CRITICAM VACINAS EM COBERTURA OBRIGATÓRIA

Redação - 05/07/2021 17:31

Representantes do setor de Saúde Suplementar classificaram como “frágil” e “inconsistente” a proposta do governo de incluir a vacinação contra a Covid-19 na cobertura obrigatória dos planos de saúde.

O titular da pasta da Saúde, Marcelo Queiroga, ventilou a ideia nesta segunda-feira, 5, em reunião do Conselho de Saúde Suplementar, no Palácio do Planalto, mas para sair do papel, a ideia precisa do aval da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Para a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), a mudança não deveria ser discutida em um quadro de emergência, como o da pandemia da Covid-19.

“O sufoco da crise nunca é um bom conselheiro para se pensar políticas públicas a médio e longo prazo”, diz o assessor especial da Abramge, Marcus Pestana.
Pestana explica que os planos de saúde funcionam como uma poupança coletiva, em que todos pagam para alguns usarem, mas em casos de emergenciais. No caso da vacina, essa lógica não se aplicaria e os gastos teriam de ser rateados entre os usuários, já que todos precisam da imunização.

O assessor especial da Abramge reforça ainda um argumento operacional, já que a demanda mundial por imunizantes ainda é maior que a capacidade de produção dos laboratórios. “Nesse momento, o governo devia concentrar esforços na aquisição e distribuição de vacinas pelo Sistema Único de Saúde”, afirmou.

 

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