Um estudo realizado pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, divulgado nesta segunda-feira (28) mostrou que uma terceira dose da vacina de Oxford-AstraZeneca aumenta ainda mais a resposta imune ao novo coronavírus. A pesquisa, que ainda não foi revisada por pares, indica que estender o prazo de aplicação da segunda dose para 45 semanas após a primeira injeção pode ter efeito semelhante.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram 30 participantes dos estudos clínicos da vacina, que receberam a segunda dose tardia e outras 90 pessoas que receberam uma terceira dose. Todos eles tinham menos de 55 anos. Os resultados mostraram que os níveis de anticorpos permanecem elevados por pelo menos um ano após uma única dose. Por outro lado, uma terceira dose do imunizante, administrada pelo menos 6 meses após a segunda dose, aumentou seis vezes os níveis de anticorpos e manteve a resposta das células T, aquelas com funções imunológicas de efetuação de respostas antivirais. A dose de reforço também resultou em maior atividade neutralizante contra as variantes Alfa (B.1.1.7, identificada na Inglaterra), Beta (B.1.351, originária da África do Sul) e Delta (B.1.617.2, descoberta na Índia).
Atualmente, a vacina de Oxford-AstraZeneca é administrada em regime de duas doses, com 12 semanas de intervalo entre elas. Apesar dos resultados, especialistas ressaltam que ainda não há evidências de de que seja necessária uma dose de reforço do imunizante, principalmente neste momento, em que há escassez de vacinas no mundo.
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