A ‘Campanha Fora Bolsonaro’ definiu a convocação de nonas manifestações contra o governo Bolsonaro para o próximo sábado, 3, em todo o Brasil. Além disso, o calendário também prevê mobilizações em Brasília, durante a entrega de um “superpedido” de impeachment na próxima quarta-feira, 30. O novo pedido será entregue ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e reúne todos os supostos crimes de responsabilidade o presidente Jair Bolsonaro.
“A luta de massas é o elemento decisivo para que seja aberto o processo de impeachment do Bolsonaro. Com o ato do dia 3 de julho, queremos mandar um recado para o presidente da Câmara Arthur Lira, que está sustentando um governo sem condições políticas”, afirmou João Paulo, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da Frente Brasil Popular ao site Opera Mundi.
Manifestações contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) acontecem com mais frequência nos últimos meses. A ‘Campanha Fora Bolsonaro’ que conta com relevância nacional na convocação dos protestos já planejou novas manifestações até o dia 24 de julho.
“Demonstrou ainda com mais evidência que Bolsonaro não tava preocupado em salvar vidas, então isso é muito grave. Intensificou a indignação das pessoas e nos levou a tomar essa decisão de colocar mais uma data nesse processo de mobilização. Além do dia 30 em Brasília, o dia 3 no Brasil todo e seguir com esse calendário de mobilizações que vai até o dia 24”, afirmou ao Brasil de Fato Iago Campos, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE).
As manifestações do dia 3 de julho também buscar aproveitar o desgaste do presidente, que nesta semana contou com a denúncia de um deputado governista de que o líder do governo na Câmara, deputador Ricardo Barros (PP-PR) estaria envolvido em um suposto esquema de fraude na aquisição da vacina Covaxin. Barros negou qualquer irregularidade.
Em depoimento a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) afirmou que em reunião em março deste ano, o presidente Jair Bolsonaro sabia da participação de Ricardo Barros no processo de facilitação da compra do imunizante.
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