O CEO e fundador da rede Polishop, João Appolinário, diz que o varejo é sempre o para-choque da economia e na crise é o que sente os impactos antes de todos os setores. Segundo ele, ninguém estava com caixa preparado para a pandemia e segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) 75 mil estabelecimentos comerciais fecharam suas portas apenas no último ano. Ele dá 3 dicas para os varejistas:
- Cuidado com os estoques: A alta de preços no varejo foi sentida mundialmente no último ano e o preço dos produtos da China cresceram 20%, sem considerar a taxa de câmbio. Há falta de mercadorias e escassez mundial de matérias-primas. Neste sentido, conseguir abastecimento, independente do setor, é a primeira coisa que deve ser feita pelos varejistas, segundo o empresário.
- Migre parte da operação para o on line: Na Polishop, o faturamento de 2020 foi 15% menor que o do ano anterior, por conta do fechamento do principal canal da rede: as lojas físicas. A migração de clientes para o online foi fundamental para a recuperação.
- O Varejo físico e presencial sempre será importante: O empresário diz que “pessoas querem falar com pessoas”, principalmente após o longo período de isolamento em função da pandemia. Por isso, ainda que o e-commerce traga comodidade e praticidade, as lojas físicas são peça fundamental do varejo.A gigante Amazon, por exemplo, apenas nos 6 primeiros meses de 2020, abriu 29 novas lojas físicas, segundo relatório da Statista. De acordo com o site da Amazon, a empresa já opera cerca de 100 localidades físicas de varejo no país.
“Não são todos que compram um sofá ou um colchão sem experimentar. Parte das pessoas quer ter contato físico, conversar com um vendedor, ser convencida”, afirma. Por fim, diz o empresário: “A Selic não é o grande vilão da história, a inflação é muito mais perversa. Para pequenas e médias empresas, o custo do dinheiro já é muito elevado. Não são 2 ou 3 pontos de Selic que vão mudar a vida do empreendedor”, afirma Appolinário. Com informações da Forbes.