A CPI da Covid aprovou nesta quarta-feira (9) uma série de novas convocações, entre elas do ex-ministro da Cidadania e deputado federal Osmar Terra. Ele é apontado por membros da CPI como um dos integrantes do suposto “gabinete paralelo” do governo Bolsonaro, um grupo extraoficial que aconselharia ações a serem tomadas no combate à Covid-19. Os senadores também aprovaram a convocação do auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) que teria produzido um documento sobre mortes na pandemia do novo coronavírus, Alexandre Figueiredo Costa e Silva.
Terra estava presente no encontro com presidente Jair Bolsonaro que reuniu defensores do tratamento precoce para a Covid-19, em que o virologista Paulo Zanotto sugere a formação de um “shadow cabinet”, com integrantes que não fossem expostos publicamente, para aconselhar o governo sobre vacinas contra o coronavírus. Durante a pandemia, Terra recorreu diversas vezes às redes sociais para divulgar informações imprecisas sobre a pandemia do novo coronavírus. Ele também é apontado como um dos aliados do presidente que teria o influenciado sobre a tese da “imunidade de rebanho”.
O requerimento para convocar o auditor do TCU foi apresentado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). “Para que seja possível esclarecer os detalhes de sua participação na elaboração de ‘estudo paralelo’ apontando que metade das mortes no País pelo coronavírus não teriam ocorrido, tratando-se de expediente de Governadores para obterem mais recursos do Executivo Federal, faz-se necessária a convocação do Sr. Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, auditor do Tribunal de Contas da União”, disse o senador.
O documento que teria sido elaborado por Alexandre Silva foi citado pelo presidente Jair Bolsonaro como forma de comprovar sua tese de que cerca de metade das mortes registradas como Covid-19 não seriam causadas pela doença. Entre os demais convocados estão o ex-secretário de saúde do Distrito Federal Francisco de Araújo Filho, o desenvolvedor do aplicativo TrateCOV, o Secretário de Comunicação Institucional, Felipe Cruz Pedri, o empresário José Alves Filho, e o presidente da Apsen Farmacêutica, Renato Spallicci.
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