Em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal (PF) afirmou que vê “fortes indícios” de que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, esteja envolvido em um “grave esquema de facilitação ao contrabando de produtos florestais”. Segundo informações do G1, a afirmação está no pedido da PF responsável por desencadear a Operação Akuanduba, cujos alvos são Ricardo Salles e o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Eduardo Bim.
A ação investiga exportação ilegal de madeira. Conforme a PF, desde 2019, ocorrem operações financeiras suspeitas no escritório de advocacia do qual Salles é sócio. A polícia agora quer saber se o ministro do Meio Ambiente cometeu os crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro. De acordo com o G1, no documento enviado ao STF, a Polícia Federal diz que tem indícios suficientes para concluir que Bim cometeu os crimes de facilitação de contrabando e de advocacia administrativa. O órgão ainda investiga se o ex-presidente do Ibama praticou corrupção passiva e prevaricação.
Também no documento, a Polícia Federal afirma que servidores que atuaram em prol das exportadoras de madeira ilegal foram beneficiados por Salles com “nomeações para cargos mais altos”, enquanto “servidores que se mantiveram firmes em suas posições técnicas foram exonerados por ele”.
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