Uma formação rochosa desabou em Alegrete, na Região da Campanha do Rio Grande do Sul. A Ponte de Pedra do Tigre, como era conhecida, era um dos principais pontos turísticos da região. Ninguém ficou ferido. A formação ficava dentro de uma propriedade particular. O dono do terreno, Caio Nemitz, conta que a rocha de arenito foi afetada pela erosão.
“Ontem [quinta] estava lá e hoje não estava. É um processo natural. Ela era de arenito, formação de pedra proveniente de arenito, pedra macia. Sofre muita degradação natural. Raio, lasca, chuva, água e vento vão fazendo erosões naturais nela”, disse. A Prefeitura de Alegrete lamentou o ocorrido. Segundo o município, a ponte media cerca de 40 metros de comprimento sobre uma cratera de 15 metros de altura. No espaço mais estreito da estrutura, a pedra media 80 centímetros de espessura.
“É com muita tristeza que recebi a notícia da queda da Ponte de Pedra do Tigre, uma formação rochosa esculpida a milhões de anos pela natureza e palco de lendas e mistérios. Um local com gigante potencial turístico”, declarou o prefeito Márcio Amaral. De acordo com o proprietário, 500 pessoas visitavam o local mensalmente. O acesso ao espaço era gratuito.
Histórico
Localizado quase no limite de Alegrete com o município de Manoel Viana, o complexo de rochas é resultado dos efeitos da erosão sobre as rochas areníticas. A formação recebeu o nome de Ponte de Pedra do Tigre por ficar dentro de uma propriedade particular, a Fazenda Cerro do Tigre. O local fica no topo do Cerro do Negro, batizado em alusão a um negro escravizado que, após ser alforriado, vivia sob a formação, por não ter onde se abrigar.