Com a taxa de ocupação média de 20,3% em abril, os hotéis em Salvador reclamam que essa é a pior taxa já verificada no setor, mas a situação parece ser completamente diferente nos resorts da Bahia, especialmente os localizados no Litoral Norte. Os hotéis na Costa de Sauípe, por exemplo, operados pela Aviva estavam lotados neste final de semana e a ocupação era alta em outros hotéis da região.
Renata Prosérpio, diretora executiva da Associação Brasileira de Hotéis, seção Bahia, afirma que a taxa de ocupação nos resorts e hotéis de lazer está alta nos finais de semana, mas uma ocupação alta no fim de semana não dá para pagar as contas. “Esses hotéis estiveram cheios no Dia das Mães e provavelmente vão estar cheios no Dia dos Namorados, mas isso não influencia muito a média”, afirma. Segundo ela, a taxa de ocupação aumenta em torno de 7% mesmo nos hotéis de Salvador que são tipos resort, como os da Costa de Itapoã, mas isso não resolve. “Com a abertura das praias e do comércio a expectativa é que no final de maio e começo de junho haja alguma melhoria”, disse.
Já para Roberto Duran, presidente do Salvador Destination, os resorts estão atendendo aos brasileiros que estão ávidos por sair de casa e buscando prazer e segurança nos resort de praia e campo. Mas em cidades como Salvador, a taxa de ocupação é baixa, especialmente entre os pequenos e médios estabelecimentos.
Duran diz também que o turismo nas cidades estaria sofrendo não só por causa da pandemia e das medidas restritivas, mas também por conta da redução em mais de 90% do turismo de negócios. E admite que este setor nunca mais será o mesmo, pois, mesmo com o final da pandemia, ficou claro que é possível fazer reuniões de negócios de modo remoto.
Os operadores de resorts ouvidos pelo Bahia Econômica acham, no entanto, que a taxa de ocupação está melhorando mesmo durante a semana e afirmam que isso se deve à rede de mobilização que esses resorts possuem.