Em março, a produção industrial da Bahia seguiu em queda (-6,2%) frente ao mês anterior, na comparação com ajuste sazonal. Foi o quarto recuo consecutivo para o estado nesse comparativo. A queda da produção industrial baiana, na passagem de fevereiro para março, foi bem mais intensa que a registrada no país como um todo (-2,4%) e foi a 3a mais profunda entre os 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) Regional do IBGE. Ficou acima apenas dos resultados verificados no Ceará (-15,5%) e no Rio Grande do Sul (-7,3%).
Só 6 dos 15 locais pesquisados tiveram aumento da produção industrial entre fevereiro e março, liderados por Amazonas (7,8%), Pará (2,1%) e Minas Gerais (1,7%). O setor fabril da Bahia segue com produção muito aquém da verificada antes do início da pandemia da Covid-19, operando num patamar 22,6% abaixo de fevereiro de 2020. Além de apresentar resultado negativo frente ao mês imediatamente anterior, em relação a março de 2020, a produção industrial baiana também recua fortemente (-18,3%). Pelo segundo mês consecutivo, o estado teve a maior retração do país nesse comparativo, em um desempenho muito pior do que o nacional, onde houve alta (10,5%).
Foi também o pior março para a indústria baiana em geral desde o início da série histórica do IBGE, em 2003. Além de refletir os efeitos econômicos da pandemia, o resultado de março, na comparação com o mesmo mês de 2020, segue mostrando influência determinante do desempenho da indústria automobilística, terceiro segmento mais significativo do setor na Bahia. A fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias teve o seu pior mês de março desde o início da série histórica do IBGE, 18 anos atrás, em 2003, com queda de -96,4% frente à produção de março de 2020.
Também na comparação março 21/março 20, 10 dos 15 locais investigados tiveram crescimento da produção industrial, com destaque para Santa Catarina (36,5%), Amazonas (22,5%) e Rio Grande do Sul (21,0%). No acumulado nos três primeiros meses de 2021, frente ao mesmo período do ano anterior, a produção industrial baiana também tem forte recuo (-17,9%), o maior do país. O desempenho da indústria nacional está positivo nesse indicador (4,4%).
Nos 12 meses encerrados em março, a indústria na Bahia cai -11,2%, mostrando o segundo pior resultado dentre os locais pesquisados, acima apenas do Espírito Santo (-12,7%). Nesse indicador acumulado, a produção industrial do Brasil como um todo também recua (-3,1%). O quadro a seguir mostra as variações da produção industrial brasileira e regional em março de 2021.
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