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ENERGIA ELÉTRICA EM ALTA PUXA INFLAÇÃO PARA CIMA NA RM SALVADOR

Redação - 11/05/2021 11:02

Dentre os nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA, cinco apresentaram altas em abril, na Região Metropolitana de Salvador. Os três grupos que mais aumentaram também exerceram as três principais pressões de alta na inflação de abril, na RMS: habitação (1,10%), saúde e cuidados pessoais (0,87%) e alimentação (0,53%). Dentre os aumentos nos custos de moradia, a energia elétrica (1,96%) foi o mais importante e que, individualmente, mais puxou o IPCA de abril para cima na RM Salvador. O aumento teve influência da manutenção, no mês, da bandeira tarifária amarela, que acrescenta R$ 1,343 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos.

Também houve altas significativas nos aluguéis (1,32%) e nos condomínios (1,25%), ao passo que o preço médio do gás de botijão teve uma discreta deflação (-0,04%). Dentre ao aumentos no grupo saúde e cuidados pessoais, o que mais puxou a inflação da RMS para cima em abril foi o dos medicamentos em geral (produtos farmacêuticos, com 3,12%). No dia 1º de abril, foi concedido o reajuste de até 10,08% no preço dos medicamentos, dependendo da classe terapêutica. Trata-se de um aumento anual que costuma ocorrer nesse mês. Além dele, itens individuais como perfume (3,39%) e os planos de saúde (0,66%) também pressionaram o custo de vida para cima, na RM Salvador, em abril.

Já os alimentos seguiram em alta, porém mantendo ritmo de desaceleração verificado desde fevereiro, ou seja, aumentando menos do que no mês anterior. Foram puxados pelos produtos consumidos em casa (0,56%), como leites e derivados (1,24%) e bebidas e infusões (2,09%). Foi, porém, a refeição fora de casa (almoço ou jantar) o item que individualmente mais impactou na alta do grupo, com um aumento de 1,50%. Dentre os quatro grupos com deflação em abril, o destaque ficou com os transportes (-1,76%), que mostraram uma queda importante depois de seis meses em alta e de ter exercido a principal pressão inflacionária na RMS, em fevereiro e março.

Os combustíveis (-6,39%) tiveram a maior influência nesse sentido. A queda média no preço da gasolina (-6,06%), depois de cinco meses de aumentos significativos, foi, individualmente, o que mais contribuiu para segurar a inflação da RM Salvador em abril. Em seguida, ficou a deflação do etanol (-12,25%). Os preços dos itens de vestuário (-0,41%) também voltaram a cair em abril, após um aumento em março (de 0,25%), puxados pelas roupas em geral (-0,75%), e foram importantes para segurar o IPCA do mês, na Região Metropolitana de Salvador.

Foto: divulgação

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