Em março, na Bahia, 4 das 8 atividades do varejo restrito (que exclui as vendas de automóveis e material de construção) tiveram quedas nas vendas, frente ao mesmo mês de 2020. Dentre essas atividades, a taxa mais negativa veio novamente de livros, jornais, revistas e papelaria (-42,1%), que mostra intensos recuos mensais seguidos desde julho de 2018.
Entretanto, as principais contribuições para o resultado negativo do varejo baiano em geral vieram, mais uma vez, das quedas nas vendas do segmento de tecidos, vestuário e calçados (-33,4%) e dos hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-10,4%). As vendas de vestuário mostraram o quarto recuo seguido e o segundo pior desempenho entre os segmentos, no mês de março, na Bahia. Nos acumulados no ano de 2021 (-26,8%) e nos 12 meses encerrados em março (-32,2%), a atividade também tem os segundos piores resultados do varejo no estado, só melhores que os das livrarias (-51,7% e -52,2%, respectivamente).
Já as vendas dos mercados vêm em recuos seguidos desde novembro de 2020, apresentando sua quinta queda consecutiva. Por ser o segmento de maior peso na estrutura do varejo baiano, foi o que apresentou a segunda maior influência no resultado negativo do setor, mesmo tendo somente a quarta maior queda. Por outro lado, dos quatro segmentos que apresentaram resultados positivos, as maiores forças no sentido de segurar a queda no varejo baiano vieram dos móveis e eletrodomésticos (30,7%), com a maior alta no mês e a principal influência positiva no resultado geral; e de outros artigos de uso pessoal (11,1%, voltando a crescer após três quedas).
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