Em entrevista a Rádio Metrópole, o secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas, comentou a decisão da Anvisa de negar a importação da vacina russa Sputnik V para o Brasil. “A Anvisa foi coerente o tempo todo. Em nenhum momento eles quiseram a aprovação da vacina”, ironizou o secretário. Questionado por Mário Kertész se esta decisão havia sido política, Vilas-Boas negou.
“Não há hipótese de interferência política em uma área técnica. Mas cabe aos políticos modular o parecer técnico dentro da realidade. A Anvisa, do ponto de vista técnico, é extremamente exigente. Eles tentam ser quase um FDA (agência federal dos Estados Unidos de Saúde e Serviços Humanos). Já disse em outra oportunidade, que a Anvisa tem um comportamento esquizofrênico. O que faz os esquizofrênicos? Eles vivem em uma realidade paralela. Não conseguem enxergar o que está acontecendo”, disse. Vilas-Boas também chamou a atenção para o que nomeou de “apagão vacinal”, o risco de faltarem vacinas no Brasil nas próximas semanas.
“O avanço das variantes na Índia impacta diretamente no Brasil. É bem possível que eles requisitem todo o estoque da Astrazeneca/Oxford para o país. Nós não produzimos essa vacina. Compramos diretamente da Índia”. O secretário da Saúde está agora em Brasília em conversa com o ministro Ricardo Lewandowski, que, em decisão, autorizou a Bahia a importar diretamente a vacina.
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