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INFLAÇÃO DA REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR FICA EM 0,81% EM MARÇO, PUXADA POR COMBUSTÍVEIS E ALIMENTAÇÃO

Redação - 09/04/2021 11:18 - Atualizado 09/04/2021

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, ficou em 0,81% em março na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Houve uma leve desaceleração em relação à taxa de fevereiro, de 0,93%. Ainda assim, foi a maior inflação para um mês de março na RMS em seis anos, desde 2015, quando havia ficado em 0,87%, informou hoje (9) o IBGE.

O índice da RM Salvador foi o 10º mais alto entre as 16 áreas investigadas separadamente pelo IBGE. Em março, a inflação foi mais elevada em Goiânia/GO (1,46%), Brasília/DF (1,44%) e na Região Metropolitana de Curitiba/PR (1,33%). Por outro lado, os menores índices foram registrados na RM de Recife/PE (0,62%), no município de São Luís/MA (0,70%) e na RM de Fortaleza/CE (0,72%).

Com o resultado, o IPCA na RM Salvador acumula alta de 2,01% no primeiro trimestre de 2021. Nos 12 meses encerrados em março, a inflação na RMS acumula alta de 5,70%. Acelerou em relação aos 5,03% registrados nos 12 meses encerrados em fevereiro, mas ainda se mantém abaixo do acumulado no país como um todo (6,10%).

Dentre os nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA, cinco apresentaram altas em março, na Região Metropolitana de Salvador. Com a maior alta percentual, o grupo transportes (3,90%) exerceu, pelo segundo mês consecutivo, a principal pressão inflacionária na RMS, com peso forte do aumento nos combustíveis (13,19%). A gasolina (13,17%) foi o item que, individualmente, mais puxou o IPCA para cima, mas o etanol (15,99%) e o óleo diesel (9,52%) também aumentaram de forma significativa.

Os alimentos (0,59%) também seguiram pressionando o custo de vida da RMS em março, apesar da leve desaceleração dos preços em relação a fevereiro (quando o IPCA do grupo havia sido de 0,62%). Foram a segunda principal influência na alta, puxados principalmente pela alimentação no domicílio (0,70%).

Os produtos panificados (2,99%) tiveram o maior peso nesse aumento, com o pão francês (3,93%) sendo o item mais influente do grupo. As frutas (3,79%) também apresentaram aumento significativo, com a manga (28,19%) e o mamão (18,49%) tendo os maiores aumento dentre todas as centenas de produtos e serviços pesquisados no IPCA.

Apesar de apresentar uma discreta deflação, habitação (-0,01%) teve o segundo item com o maior peso na inflação de março, na RM Salvador: o gás de botijão (4,91%). Por outro lado, no grupo também está o item que mais ajudou a segurar o índice na região: a energia elétrica residencial (-2,95%).

O grupo que apresentou a maior queda e também foi o maior responsável por segurar a inflação na RMS, em março, foi o da educação (-1,77%), especialmente por conta dos cursos regulares (-2,39%), em especial, do ensino fundamental (-3,28%). Já o grupo comunicação (-0,68%) apresentou a segunda maior retração, impulsionado pela queda do valor do aparelho telefônico (-3,19%).

Apesar de os transportes terem, em média, exercido a principal pressão de alta no custo de vida em março, na RM Salvador, o aluguel de veículos foi o item que apresentou a maior queda (-25,44%) e deu a principal contribuição individual para segurar a inflação do mês. As passagens aéreas (-13,64%) também tiveram influência importante nesse sentido.

Foto: Agência Brasil

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