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8 EM CADA 10 PESSOAS QUE DEIXARAM DE TRABALHAR NA BAHIA ERAM INFORMAIS

Redação - 10/03/2021 12:45

A perda de trabalho, entre 2019 e 2020, na Bahia, afetou de forma muito mais intensa os informais. Esse grupo, que representava54,7% dos trabalhadores baianos em 2019, se reduziu de 3,165 milhões para 2,651 milhões de pessoas em um ano (-16,3%). Isso representou menos 515 mil ocupados na informalidade entre 2019 e 2020, ou 82,2% de todas as 626 mil pessoas que deixaram de trabalhar na Bahia, nesse período. Os dados são da  Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) Trimestral, divulgada hoje (10) pelo IBGE.

Embora ainda representassem mais da metade da população ocupada no estado em 2020 (51,3%), os trabalhadores informais chegaram no ano passado ao seu menor número desde o início da serie histórica da PNAD Contínua para esse indicador, em 2016. São considerados informais os empregados que não têm carteira assinada (inclusive trabalhadores domésticos e trabalhadores do setor público), os trabalhadores autônomos (por conta própria) ou empregadores sem CNPJ e as pessoas que trabalham como auxiliares em algum negócio familiar.

Desses, os que mais perderam trabalho, em números absolutos, foram os empregados no setor privado sem carteira assinada, que passaram de 1,077 milhão em 2019 para 834 mil em 2020 (-244 mil ou – 22,6%). Em termos percentuais, porém, a maior queda ocorreu entre os trabalhadores domésticos, que passaram de 408 mil para 300 mil em um ano (-108 mil ou -26,5%).  Mas o emprego com carteira assinada também recuou na Bahia, no ano passado, chegando a seu menor patamar desde 2012, com 1,327 milhão de empregados no setor privado nessa condição, 134 mil a menos do que em 2019 (-9,2%).

De 2019 para 2020, apenas o setor público teve saldo positivo na ocupação, na Bahia, com o grupo dos servidores estatutários e militares crescendo 7,8% (de 465 mil para 501 mil pessoas) e os empregados sem carteira no setor público se ampliando 6,2% (de 229 mil para 243 mil pessoas).

 

 

 

 

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

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