A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, em anular as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Justiça Federal no Paraná relacionadas às investigações da Operação Lava Jato pode acelerar o projeto presidencial do governador João Doria (PSDB-SP).
Com a reviravolta, Lula teve seus direitos políticos aceitos e pode se candidatar à presidência da República em 2022.
Ainda a ser confirmada, uma candidatura de Lula favorece os planos mais imediatos de Jair Bolsonaro, por estimular a polarização do eleitorado.
Para o centro, segundo especilistas políticos escutados pelo jornal O Estado de S. Paulo, é uma má notícia: em 2018, o agora presidente abocanhou justamente votos do grupo para derrotar o PT no segundo turno.
Fiel a seu estilo, Doria pretende aproveitar a dificuldade e avançar sua candidatura, questionada por partidos centristas e mesmo no PSDB. Ele avalia, segundo aliados, que seu nome precisa estar na praça o mais rapidamente possível.
Inicialmente, o PSDB estudava fazer prévias para tentar dissuadir o dissenso interno, encarnado hoje no governador gaúcho Eduardo Leite, no começo do ano que vem. Nesta terça, 9, anunciou que irá realizar a disputa em outubro.