Uma usina termoelétrica localizada em Camaçari e que custou cerca de R$ 500 milhões, em valores corrigidos, está com as operações paralisadas e é milionário o custo de manutenção para evitar que se torne ferro-velho. O encerramento formal das operações da usina já foi solicitado e o motivo é que ela não consegue vender a energia ao preço necessário para cobrir os custos de manutenção e a tecnologia usada na montagem da planta.
Trata-se Termocamaçari, usina termoelétrica da Petrobras na Bahia, um investimento que foi vendido como um marco na história da estatal em projetos de energia para o setor industrial e que tornou-se um elefante branco.
Com a usina paralisada, a Petrobrás admitiu que ainda não sabe o que vai fazer com o maquinário da térmica. A usina, construída em 2001 tem capacidade de gerar 120 megawatts (MW) de energia. A Petrobras já pediu a revogação de concessão da usina, para a Agência Nacional de Energia Elétrica afirmando que a “Termocamaçari já não se mostra economicamente viável no mercado de energia”, por causa da “ausência de condições operativas”.
A usina, que está com as três turbinas desligadas. já não tem nenhum contrato de fornecimento de energia em andamento e que a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), responsável pela ligação da usina com a rede de transmissão, já foi informada sobre o pedido de revogação e segundo laudos técnicos da Aneel há dificuldades de manutenção.
Em nota, a Petrobrás informou que, desde 2017, “a unidade está sem contrato de comercialização de energia, apesar dos esforços na busca de novos contratos que viabilizassem a continuidade” e diz que “serão conservados de modo a manterem a integridade operacional, enquanto se concluem os estudos que definirão a destinação da UTE (usina termoelétrica)”. Com informações do jornal Estado de São Paulo.