Segundo dados apresentados pela secretária da Fazenda da capital, Giovanna Victer, em live promovida pela Arazul Reseach, nos dois primeiros meses do ano, o município de Salvador já desembolsou R$ 100 milhões em despesas relacionadas com a pandemia. O valor se refere a gastos já pagos. Considerando empenhos, o município aplicou R$ 114 milhões.
A secretária também comentou que, a Receita com o ISS caiu 10% em fevereiro, em comparação com o mesmo mês de 2020. “O município vem sendo compensado porque a arrecadação com o Fundo de Participações dos Municípios costuma ser maior no primeiro semestre”, destacou a gestora.
Victer explica que o impacto da pandemia nas finanças de Salvador durante o ano é “uma incognita”. A gestora afirma que recebeu a Fazenda em uma situação confortável, devido ao superávit dos anos anteriores, mas os gastos relativos a atenção em saúde e assistência social tornam o desafio maior.
Giovanna Victer destaca que o que segurou o caixa em 2020 foi o bom desempenho até março, quando não havia pandemia ou seus efeitos estava no começo. Agora, as restrições à atividade econômica começam junto com o ano e vem de um ano difícil. “Ninguém tem caixa”.
Apesar disso, a ex-secretária da Fazenda de Niterói (RJ) e presidente Associação Nacional de Secretarios Municipais da Fazenda defende que as prefeituras já comecem a elaborar propostas de fomento econômico depois da segunda onda. Em Salvador, ela pretende vender terrenos que o município ainda possui. ” A gente quer vender em uma modelagem (indutora do crescimento) que possa gerar novos investimentos”.
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