Segundo o secretário estadual de Educação, Jerônimo Rodrigues, 35% dos 417 municípios baianos têm dificuldade com acesso à web. Ele contou que o governo está tentando resolver esse complicador antes do início das aulas virtuais, marcadas para 15 de março.
“Fizemos um exercício muito grande nesse período [2020], mas nós temos ainda 35% de municípios na Bahia que não têm uma internet banda larga. Nós estamos dialogando muito com a associação dos provedores para que nos ajude a encontrar uma saída”, afirmou.
Na Bahia, as aulas serão transmitidas em salas do Google e através do Canal Educa Bahia, na TVE, que terá programação educativa diariamente. O lançamento oficial do canal será no dia 1º de março e a estimativa é de que ele vai alcançar 62% dos estudantes no estado. Os professores vão gravar o conteúdo, e depois disponibilizar o material para os alunos através dessas plataformas.
“O Governo Federal não aceitou a gente poder fazer nesse período uma proposta de utilizar o Fundo Fust, que é um fundo de telecomunicação, para poder ampliar o acesso à internet nas escolas e nas comunidades, mas nós estamos correndo atrás. Estamos nos próximos 20 dias dialogando para encontrar saídas reais para que a escola não fique sem internet, para que o professor que não tenha internet possa na escola fazer isso [gravar as aulas]”, disse.
Antes da retomada das atividades haverá capacitação para os profissionais da educação, e no dia 8 de março, terá início a jornada pedagógica, fechando o ciclo de planejamento e preparação da rede estadual. No dia 15 de março, as aulas recomeçam de forma remota. Já as aulas presenciais ainda não tem prazo para serem iniciadas.
A falta de internet se transforma em um complicador porque sem o sinal os estudantes não conseguem baixar o material didático, tanto os livros como os cadernos de apoio à aprendizagem criados pelo governo para ajudá-los nesse período. A solução ainda está sendo discutida.
O material didático inclui também exercício de reforço via WhatsApp, com texto e vídeos mais curtos, e que consomem menos pacotes de dados, e monitoria de 52 mil estudantes. Na pratica, os melhores alunos da turma vão ajudar como monitores nas atividades escolares, e terão direito a uma bolsa de R$ 100 durante dez meses.