Segundo dados divulgados pela TV Bahia, vários hospitais particulares de Salvador estão com 100% dos seus leitos de covid-19 ocupados. Os hospitais Teresa de Liseux, Aeroporto, Português e Jorge Valente estão com 100% dos seus leitos ocupados. Já o Aliança (95%), da Bahia (85%), Cardiopulmonar (90%), São Rafael (97%), Santa Isabel (95%) estão perto da totalidade. Ontem a Bahia registrou 80% de ocupação em todo estado e o governador ampliou o horário do toque de recolher (Veja aqui).
Em entrevista ao jornal correio da Bahia, a presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde (Sindsaúde), Ivanilda Brito, confessa que a situação dos hospitais na Bahia agora é pior do que no início ou no pico da primeira onda. “A procura aumentou e está muito pior. A buscativa por UTI é grande e não está tendo UTI, elas estão todas cheias, e mesmo aqueles casos mais graves estão com dificuldade de encontrar, demora um pouco. A gente fica muito preocupado porque não podemos chegar ao que chegou Manaus”, alerta Ivanilda.
Ela ressalta ainda que há uma maior preocupação agora por conta das variantes. Tanto a de Manaus – detectada em Salvador no dia 5 – quanto a do Reino Unido circulam na Bahia: “A dificuldade é a mesma e aquela preocupação e o pavor que teve no início de março é o mesmo que está acontecendo agora, mas é outra variante. Os trabalhadores estão apreensivos, porque nem todos estão vacinados e estão sendo expostos”.
Também falando com o jornal, a presidente do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed), Ana Rita Peixoto, explica que a oferta de leitos está mais baixa no estado tanto pelo aumento dos pacientes de covid-19 e quanto pelas pessoas que deixaram de procurar hospitais durante a pandemia e voltaram a frequentá-los. “Estamos recebendo a notícia de diversos hospitais de que há de fato uma lotação maior, tanto na rede pública quanto privada. Isso se deve ao fato de pacientes com doenças que não fizeram o acompanhamento de forma adequada e agora estão lotando as unidades, juntamente com pacientes de covid da segunda onda”, explica.
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