A troca no comando da Petrobras pode travar a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) e seus ativos logísticos, vendida por US$ 1,65 billhão ao fundo soberano de Abu Dhabi, Mubadala Capital. A concretização do negócio estava prevista para os próximos 30 ou 60dias, após aprovação do Cade e ANP, mas na avaliação de analistas, conselheiros e fontes ligadas à companhia, a indicação do general Joaquim Silva e Luna — que ainda depende da aprovação do Conselho de Administração da companhia — deve frear tratativas em curso e atrasar negociações.
Luna já sinalizou que pretende “tomar pé” da gestão da companhia antes de tomar decisões, inclusive relacionadas à política de preços e a venda de ativos. Além do processo de acomodação natural com a chegada de um novo presidente, é provável a troca de cargos na diretoria o que pode travar o processo. Isso sem falar no fato de que a interferência do governo trará incerteza ao comprador da RLAM.
Especula-se, além disso, que parte da diretoria pode renunciar em apoio ao atual presidente, Roberto Castello Branco, o que significaria no mínimo o atraso na venda da Refinaria de Mataripe.
Analistas afirmam que eventuais compradores não vão olhar os ativos da Petrobras com os mesmos olhos e que agora o risco de compra aumentou. E provavelmente o deságio em função do risco que o governo criou vai aumentar também. Com informações de O Globo.