Após considerar o quarto aumento anunciado pela Petrobras este ano, “fora da curva” e “excessivo”, o presidente Jair Bolsonaro disse que a medida “vai ter consequência”, sem deixar claro qual seria. O presidente ficou extremamente aborrecido com o Presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, que disse que “a greve dos caminhoneiros não era um problema da Petrobras” e no Palácio do Planalto já se discute o nome que poderá substituí-lo. O nome mais cotado é o do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, segundo informa o Estado de São Paulo.
Bolsonaro já quer tirar Albuquerque ,um nome de sua confiança, para dar ao Centrão e isso seria mais do que uma saída honrosa para o almirante.
O principal problema nessa estratégia é que Bolsonaro não tem poder formal para demitir Castello Branco. Essa é uma decisão que cabe ao Conselho de Administração da companhia, formado por membros indicados pelo governo, mas que atuam com independência.
Assim, os “tiros” de Bolsonaro na direção de Castello Branco podem ser interpretados como um convite à renúncia – algo que o executivo pode acabar não fazendo. Por causa dessas declarações a ação da Petrobras chegou a cair mais de 7% no pregão desta sexta-feira e o mercado teme a repetição do efeito Dilma, que interviu diretamente na Petrobras para conter o preço do diesel e da gasolina causando enorme desequilíbrio na empresa. (ESP)