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“O MEC NÃO TEM AJUDADO A CRIAR UM AMBIENTE ÚNICO”, DIZ SECRETÁRIO SOBRE RETORNO DAS AULAS PRESENCIAIS

Redação - 17/02/2021 14:55

Com o imbróglio do retorno das aulas presenciais na Bahia, o secretário estadual de Educação, Jerônimo Rodrigues, alega que os estados estão trabalhando sozinhos e que falta uma coordenação nacional do Ministério da Educação (MEC) nas decisões. “A gente está em uma situação que cada estado precisa fazer sua parte e quero registrar a ausência neste momento do Governo Federal, através do MEC. O MEC não tem ajudado a gente criar um ambiente único com secretários de Educação, prefeitos, governadores, movimentos sindicais, conselho nacional, familiares”, comentou Jerônimo Rodrigues durante entrevista, nesta quarta-feira, 17, para o ‘Isso é Bahia’, na rádio A Tarde FM. O titular da pasta também acrescentou que o principal problema do MEC é falta de liderança: “Não estamos falando de novos orçamentos e nem pautando decisões que envolvam qualquer aspecto financeiro. Estamos falando de um lugar de liderança nacional de educação, que é o que o MEC precisa fazer”.

Ensino híbrido

O secretário explicou que estão formulando o funcionamento do ensino híbrido para a rede estadual. Conforme Jerônimo Rodrigues, dos 800 mil estudantes, cerca de 400 mil declararam que não possuem acesso a internet de qualidade em casa. “Quem tem internet e tem equipamento poderá utilizar no tempo em casa. Quem não tem nós vamos arranjar um meio, pedir apoio ao sindicato ou associação, à prefeitura. Não vamos deixar estes estudantes sem conseguir assistir as aulas”, garantiu.

“O modelo que vamos adotar na rede estadual significa um ensino híbrido com tempo em casa e tempo em escola. Nós iremos abrir as escolas e fazer um movimento que os estudantes possam ir lá alguns dias na semana, com o retorno do vínculo presencial”, apontou.

Vacinação – Sobre a possibilidade de iniciar a vacinação nos profissionais de educação, Jerônimo culpou novamente o Governo Federal. “Nós temos um fator limitante, pois o plano de vacinação é nacional, portanto tem uma coordenação nacional. O Estado não pode intervir de uma forma de incluir de imediato o público dos profissionais da educação, que vai desde os professores até as merendeiras, zeladoras, porteiros. É um desejo nosso fazer isso, e não só da rede estadual. Nós estamos falando dos profissionais de educação também da rede municipal e da rede particular”, disse.

Foto: divulgação

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