O diretor executivo de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade da Petrobras, Roberto Ardenghi, disse, em entrevista com o portal Bahia Econômica, que a vinda do grupo Mubadala para a Bahia é o contraponto da saída da Ford e muito mais positivo, pois se trata de um grande player internacional que controla várias companhias na área de petróleo e petroquímica, e que pode ampliar os investimentos na Bahia. E Ardenghi disse que haverá muito mais competição no setor de combustíveis.
“É simbólico que se dê início do fim do monopólio do refino no Brasil na Bahia e será bom para o Estado que vai contar com um grande player internacional para investir. Além disso, a RLAM não precisará mais vender seus produtos em locais pré-determinados pela estatal, aumentando a competição, abrindo o mercado do refino que no mundo inteiro só é fechado em países como a Venezuela”. Segundo ele, com o monopólio, a Petrobras determinava em que local a refinaria venderia seus produtos e agora ela poderá vender no Brasil inteiro e no mundo.
Ardenghi disse ainda que a Petrobras continuará operando a refinaria na forma de prestação de serviços até que o fundo árabe indique um novo operador, que não se sabe ainda qual será. A Petrobras poderá operar a refinaria por até dois anos.
Quanto ao valor de US$ 1,65 bilhão pago pelo grupo Mubadala, Roberto Ardenghi afirmou que o valor pago foi o preço justo do ponto de vista financeiro atestado por assessores financeiros independentes. “Essa faixa de valor considera as características técnicas, de produtividade e do potencial do ativo, assim como os cenários corporativos para planejamento (por exemplo, preço do petróleo e câmbio). Além disso, a Petrobras contrata assessores financeiros independentes (bancos ou instituições financeiras com reconhecida experiência) para avaliar as transações e atestar se o valor de venda é justo do ponto de vista financeiro”, afirmou.
A venda será concluída nos próximos 30 ou 60 dias após ser analisada pelo CADE e ANP.