O Ministério Público (MP) encerrou as escutas nos telefonemas da irmã do suposto miliciano Adriano da Nóbrega, após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ser mencionado. Tatiana Magalhães da Nóbrega afirmou em uma das conversas que queriam “ligar ele ao Bolsonaro”, segundo informações do Intercept Brasil.
Tatiana é uma das suspeitas de integrar a organização criminosa responsável pela proteção e continuidade dos negócios ilícitos do irmão, ex-capitão do Bope, o batalhão de elite do Rio de Janeiro. As suas ligações telefônicas passaram a ser monitoradas no início de fevereiro de 2019, poucos dias após Adriano ter tido a prisão decretada na operação Intocáveis.
Em uma conversa em fevereiro de 2020, Tatiana afirmou que Adriano “tinha muita coisa e mexia com muita gente”. Depois, citou Bolsonaro. As quebras de sigilos de comunicação dos suspeitos eram renovadas sistematicamente, mas uma semana após o aparecimento do nome do presidente, o MP optou por não renovar mais as escutas no celular da irmã do ex-capitão.
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