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SALVADOR TEM R$ 1,7 BILHÃO DE PREJUÍZO SEM CARNAVAL E SECRETÁRIO PROJETA RETOMADA

Redação - 10/02/2021 13:00 - Atualizado 10/02/2021

A não-realização do Carnaval de 2021 por conta da pandemia da Covid-19 trouxe graves prejuízos para o setor do entretenimento e para os cofres públicos de Salvador. De acordo com dados da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), a ausência da festa impediu a circulação de cerca de R$ 1,7 bilhão na economia da cidade. Em entrevista para o programa Isso é Bahia, da rádio A TARDE FM (103.9), o novo titular da pasta, o secretário Fábio Mota, deu mais detalhes e projetou a retomada do trade turístico na cidade, uma vez que a campanha de imunização esteja avançada.

“Temos um comparativo em relação a 2019 quando recebemos mais de 800 mil turistas, Salvador é uma cidade diretamente ligada com o setor de serviços e o Carnaval alimenta toda uma cadeia que vai do entretenimento até as pessoas que possuem bares e restaurantes. Então temos uma estimativa de perda de R$ 1,7 bilhão. Montamos algumas ações com o intuito de minorar esse prejuízo para a cidade, muitas em relação ao turismo interno e cabe se preparar para esse momento de grande dificuldade. Temos uma luz no fim do túnel com a vacina e com a imunização no segundo semestre vamos buscar promover essa retomada”, afirmou.

Fábio afirmou ainda que apesar de entender a insatisfação dos empresários do trade do entretenimento, que relatam grandes perdas financeiras e alta no desemprego do setor, a discussão para a retomada só pode ser feita em sincronia com o processo de imunização na capital. “É uma discussão válida mas que sabemos que está muito condicionada à questão da imunização. Evidente que nesse tempo todo ninguém ficou parado, fizemos no ano passado um evento teste no Centro de Convenções, mas não dá pra falar em retomada. Temos o decreto do governador do estado que limita o número de pessoas em eventos, estamos trabalhando para o reforço desses protocolos”, disse.

Lives e Casa do Carnaval

De acordo com Mota, a Prefeitura não irá investir em ações virtuais, as famosas “lives”, nesse período que seria de folia, por conta da destinação de recursos para o combate ao coronavirus, e atrações já existentes, como o espaço físico da Casa do Carnaval, ganharão um foco especial durante seu funcionamento. “As lives são independentes e cada artista vai fazer a sua. A Prefeitura tem uma preocupação muito grande no momento com a questão da saúde na cidade. Todos os recursos estão indo para abertura de leitos e combate ao coronavírus e não pode disponibilizar recursos para esse tipo de atividade. Temos a Casa do Carnaval, que é o maior acervo de carnaval do mundo, e estamos convidando para que as pessoas a visitem. É uma verdadeira viagem sobre o carnaval da Bahia, do Brasil e do mundo e é uma atração que temos. Estamos fazendo todo o processo de higienização do espaço e isso tem um elemento facilitador nesse momento de pandemia”, informou.

Foto: divulgação

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