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REFORMA MINISTERIAL : NETO COLOCA ROMA PERTO DA CIDADANIA E ONYX ASSUME A SECRETARIA DA PRESIDÊNCIA

Redação - 09/02/2021 06:44 - Atualizado 09/02/2021

As articulações para a eleição de Lira como presidente da câmara dos deputados começam a se desenhar no governo Bolsonaro. Segundo informações da coluna de Andréia Sadi, do portal g1, o deputado federal João Roma (Republicanos-BA) deve ser o novo ministro da Cidadania. O nove veio através de uma negociação entre o ex-prefeito de Salvador e atual presidente do Democratas ACM Neto e o presidente. (Entenda o caso aqui )

Antes da eleição na Câmara, fontes do Republicanos disseram que o favorito era o deputado Márcio Marinho, também da Bahia, mas agora Roma também está cotado por “mudanças políticas”, segundo integrantes do partido ouvidos pelo blog. A preocupação, admitem aliados de Neto nos bastidores, é que a eventual nomeação de Roma seja atribuída a uma articulação do presidente do DEM junto ao Planalto, já que Roma é aliado de Neto e foi seu chefe de gabinete.

Neto, ao Em Foco com Andreia Sadi, na Globonews, negou que tenha negociado qualquer cargo com o governo. Na mesma entrevista, disse não descartar apoiar Bolsonaro em 2022. O temor, se Roma for indicado, é que a eventual nomeação atrapalhe os planos de Neto para o governo da Bahia sendo explorada por adversários, que já vinculam nos bastidores a possível indicação a um alinhamento do presidente do DEM com o governo federal. Na cúpula do Republicanos, fontes ouvidas pelo blog também negam que a eventual indicação de Roma tenha relação com ACM Neto.

Mais nomes: O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (8) que o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, assumirá o cargo de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República. A troca de cadeira de Onyx era aguardada a fim de abrir espaço no Ministério da Cidadania — que cuida do Bolsa Família e respondeu pelo auxílio emergencial — para contemplar aliados do governo que votaram nos candidatos de Bolsonaro nas eleições para as presidências da Câmara e do Senado, vencidas por Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Nesta sexta, Bolsonaro também disse que negocia com ministros a recriação do auxílio.

O posto de ministro da Secretaria-Geral está vago desde o final de dezembro, quando o então titular Jorge Oliveira deixou o governo para assumir uma cadeira de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Em entrevista à TV Bandeirantes, Bolsonaro primeiro disse que a “previsão” é transferir Onyx para a Secretaria-Geral, um dos quatro ministérios que funcionam no Palácio do Planalto. “Eu tenho um ministério vago, que é aqui o da Secretaria-Geral, que a previsão é trazer o Onyx Lorenzoni de volta para cá e botar uma outra pessoa no Ministério da Cidadania. É isto o que está previsto.”

O jornalista pediu uma confirmação, perguntando se o ministro iria para a Casa Civil, cargo que Onyx Lorenzoni já ocupou: “Lorenzoni volta para a Casa Civil, é isso?”. Ao responder, Bolsonaro afirmou: “Vai para a Secretaria-Geral. A Casa Civil está muito bem, excelente com o Braga Netto”. A Secretaria-Geral responde pela administração do cotidiano do palácio, por ações de modernização do Estado e por conferir a legalidade dos atos assinados pelo presidente, por meio da Subchefia para Assuntos Jurídicos (SAJ).

Aliado de Jair Bolsonaro na campanha eleitoral e coordenador da transição de governo, Onyx Lorenzoni ocupará o terceiro ministério diferente desde o início da atual administração. Ele foi ministro da Casa Civil de janeiro de 2019 a fevereiro de 2020, quando assumiu o Ministério da Cidadania, responsável pela área social do governo. Ficou com a vaga de Osmar Terra (MDB-RS), demitido, e foi substituído na Casa Civil pelo general Walter Braga Netto. Um ano depois, Onyx Lorenzoni volta a mudar de posto como ministro da Secretaria-Geral. Ele é o quarto titular da pasta em dois anos de governo. Os outros ministros foram Gustavo Bebianno, Floriano Peixoto e Jorge Oliveira.

Foto: divulgação

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