Toda responsabilidade na gestão dos largos do Pelourinho está nas mãos da Secretaria de Cultura da Bahia (Secult-BA). O que antes era dividido com o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), agora está sob administração solo. Todo esse processo é na verdade mera burocracia, pois anteriormente para qualquer solicitação ou atividade era necessário passar por um “desencontro” administrativo, ou seja, contactavam a Secult e redirecionados para o Ipac. Com essa mudança, tudo ficará com a pasta.
De acordo com a nota emitida pela assessoria de comunicação da Secretaria de Cultura da Bahia, “a portaria do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultura do Estado da Bahia (IPAC) é apenas trâmite administrativo, já ocorrido em outras gestões, tendo em vista que a Secult, via Centro de Culturas Populares e Identitárias da Bahia (CCPI), é responsável pela gestão e conteúdo cultural dos largos Pedro Archanjo, Tereza Batista e Quincas Berro d’Água”. A assessoria do órgão ainda informou que houve uma requalificação dos largos tem pouco tempo.
Ainda segundo a assessoria, se não fosse a pandemia, outras intervenções estariam acontecendo, já que não havia impedimento a isto anteriormente. De igual forma, foi esclarecido que isto se deu pelo fato que, anteriormente, havia todo um tramite ligando o Ipac e a Secult para a realização de qualquer atividade em qualquer um dos largos do Pelourinho. A grande novidade dessa mudança é que ficará tudo sobre responsabilidade da Secretaria e não mais dividido entre os órgãos públicos.
Para o proprietário do bar Cantina da Lua, Clarindo Silva, que também é um “representante” local por toda a sua história de luta na região, essa mudança é boa. “Eu recebo com certa alegria, porque acho que tem que ter ações. Eu acho que a Secretaria de Cultura da Bahia deve estar preparada para fazer com que o baiano se associe ao Pelourinho”, comentou Clarindo. Ainda segundo ele “[…] as praças podem ser reabertas com limitações quanto às pessoas, porque no Pelourinho, nós sobrevivemos com eventos diversos. Então eu acho que a reabertura das praças é importante com esse controle”.
Em contato com Olodum, por meio da sua assessoria de comunicação, o grupo informou que para a escola nada mudou. Além disso, afirmou que a instituição não se sentia confortável para falar sobre o assunto. Já os os Filhos de Ghandi e o Balé Folclórico da Bahia, também contactados por meio de suas assessorias, não responderam até a publicação desta reportagem.
Foto: divulgação