O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central informou nesta terça-feira (26) que a evolução da pandemia, com o aumento do número de casos neste começo de ano, assim como o fim do auxílio emergencial podem implicar um cenário doméstico “caracterizado por mais gradualismo ou até uma reversão temporária da retomada econômica”.
A informação consta na ata de sua última reunião, realizada na semana passada, quando a taxa básica de juros da economia foi mantida na mínima histórica de 2% ao ano. “A incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia permanece acima da usual, sobretudo para o primeiro trimestre deste ano, concomitantemente ao esperado arrefecimento dos efeitos dos auxílios emergenciais”, informou.
Acrescentou ainda que a “pouca previsibilidade associada à evolução da pandemia e ao necessário ajuste dos gastos públicos a partir de 2021 aumenta a incerteza sobre a continuidade da retomada da atividade econômica”.
Apesar de a taxa básica ter sido mantida estável no encontro, o Copom informou que chegou a considerar uma elevação dos juros na última semana, mas que, por fim, preferiu aguardar para ter mais informações.
“Alguns membros questionaram se ainda seria adequado manter o grau de estímulo extraordinariamente elevado, frente à normalização do funcionamento da economia observada nos últimos meses (…) Esses membros julgam que o Copom deveria considerar o início de um processo de normalização parcial, reduzindo o grau ‘extraordinário’ dos estímulos monetários”, diz a ata.
No encontro, o Copom também anunciou o fim do chamado “forward guidance”, a orientação futura que indica a manutenção dos juros respeitadas certas condições. O BC informou que essas condições deixaram de ser satisfeitas já que as expectativas de inflação estão próximas da meta. (G1)
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