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FECOMÉRCIO-BA LAMENTA SAÍDA DA FORD: ‘ISSO TRAZ UMA REFLEXÃO PARA O PAÍS’

Redação - 13/01/2021 14:36

O município de Camaçari, que possui o maior PIB industrial da região Nordeste, perderá a produção dos automóveis e motores da Ford, por uma decisão da empresa que justifica sendo um reajuste do modelo global de produção. Diante disso, a Fecomércio-BA lamentou a decisão da empresa, ressaltando que, desde a crise de 2015/16, a produção já estava muito abaixo do potencial. Segundo dados do Caged, do Ministério da Economia, em novembro, havia cerca de 4 mil trabalhadores formais na indústria de fabricação de automóveis em Camaçari.

Para o economista da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze, “são atualmente pouco mais de mil trabalhadores formais na indústria de peças e acessórios, sem falar nas indústrias de pneus, tecidos para estofados, entre outros produtos que compõem os veículos e que serão forçados a reduzir a produção ou até mesmo ter a decisão pelo fechamento, caso seja totalmente vinculada a cadeia da Ford”. “O grande problema é que a crise do coronavírus impactou – e muito – a economia nacional e regional e, desta forma, as oportunidades de realocação são cada vez menores. Além de que não há uma indústria automobilística na região para que possa agregar os profissionais que serão demitidos”, completou o economista.

A Ford mantém as produções na Argentina e no Uruguai. De acordo com o presidente da Fecomércio-BA, Carlos de Souza Andrade, “isso traz uma reflexão para o país de que há a necessidade imediata da revisão da carga tributária excessiva, além de uma maior segurança jurídica e econômica, para que o Brasil não perca mais investimentos, e consiga por outro lado atrair mais recursos para geração de emprego e renda, o chamado ‘Custo Brasil’”. O presidente avalia ainda que a Bahia é grande e forte, importante estado para a economia nacional e com potencial. No entanto, no curto prazo a situação requer cuidado com os profissionais que deixarão o seu emprego e perderão uma parcela da renda.

Foto: divulgação

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