Eliana conta que fez terapia e trabalho com uma sexóloga depois que deixou de apresentar programas voltados para o público infantil. O último foi em 2004.
– Eu precisei fazer terapia, porque meu comportamento, depois de 16 anos trabalhando com criança, era um compartamento um pouco infantil para a minha idade. Porque, naturalmente, quando você fala com criança, você infantiliza a voz: “Ai, que bonitinho”. Então, a minha voz era mais fina. E eu nunca usava unhas pintadas com cores vibrantes nem passava batom vermelho. Usar um decote e me colocar como uma mulher superfeminina em frente às telas apresentando um programa de TV nem pensar. Tive que trabalhar tudo isso internamente. Quando as câmeras ligavam, eu tinha que entender que eu não falava mais com o público infantil. Quando eu escolhia roupa, eu fiz um trabalho com uma sexóloga, Maria Helena Matarazzo. Ela falava: “Eliana, solta essa mulher que está aí dentro de você. Você não trabalha mais com crianças. Agora, você trabalha com a família brasileira. Pode. Se permita colocar um decote, se permita colocar uma minissaia, se permita ser uma garota de 30 anos de idade em frente às telas. Antes, você não podia porque fazia parte do seu trabalho. Agora, é o contrário, mostra quem você é”. Ela me ajudou muito. Foi muito especial liberar esse meu lado mais feminino, mais mulher de opinião, de falar sério. E o público me abraçou de uma maneira muito bacana – contou ela no canal do YouTube “Rap 77”.
foto: SBT
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