A taxa de ocupação de leitos de UTIS em Salvador e na Bahia tem crescido e, embora o número de casos venha aumentando na cidade, o aumento a taxa de ocupação é bem menor, proporcionalmente, do que no mês de agosto, que pode ser considerado o pico da pandemia na cidade.
Por exemplo, em Salvador a taxa de ocupação das UTIs apresentou crescimento mais acelerado não apenas por causa do aumento de demanda, mas também, e principalmente, porque houve, no período de setembro e outubro, intensa desmobilização de leitos.
No dia 02/08, por exemplo, Salvador dispunha de 692 leitos de UTIs adultos e registrava uma taxa de ocupação de 74%. Já no último dia 02 de dezembro, a disponibilidade era de apenas 322 leitos e a demanda de 214, ou que determina uma taxa de ocupação de 66%. Assim, se não houvesse a desmobilização de leitos a situação estaria totalmente controlada.
Empresários ouvidos pelo Bahia Econômica e que não quiseram se identificar, afirmam que houve precipitação por parte da Prefeitura de Salvador e do governo do Estado na desmobilização de leitos.
“É óbvio que se desativar leitos o percentual de ocupação sobe, não precisa ser gênio para entender isto. Mas o comércio e as atividades econômicas não podem pagar a conta enfrentando novas restrições, afinal os empresários continuam com rígidos protocolos de segurança e se houve aumento de casos por conta de aglomerações não foi por nossa causa”, afirma um deles.
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