A deputada estadual Olívia Santana (PCdoB) criticou o modelo adotado pela prefeitura de Salvador de escolha dos artistas que vão participar do Festival Virada Salvador, o réveillon da cidade, que esse ano será on-line. Para Olívia, a grade de atrações não privilegia os artistas locais, justamente em um momento em que eles precisam de uma maior atenção do Estado. “Ivete e Gustavo Lima, que vão receber cachês de 1 milhão, são nomes consagrados, mas não os únicos que merecem atenção e investimentos do poder público. A prefeitura se empenhou em conseguir patrocinadores privados para eles, mas por que não incluiu artistas negros no réveillon da maior cidade negra fora da África?”, questionou Olívia.
Alguns nomes foram citados pela deputada como alternativas, a exemplo da banda BaianaSystem, da cantora Margareth Menezes e do grupo Olodum. “[Eles] são também são atrações nacionais e internacionais que agradam, sim, ao público. Há formas de incluí-los no modelo de evento que será transmitido pela TV e pelas redes sociais. Quem discorda do seu projeto de festa, é porque não está se vendo no espelho de negação de imagens e talentos que você construiu”, disse.
O Festival Virada Salvador será no Forte São Marcelo e terá transmissão feita por três emissoras de TV e mais os canais oficiais da prefeitura na internet.
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