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BAHIA ATINGE A MAIOR TAXA DE TRANSMISSÃO DESDE JULHO

Redação - 02/12/2020 07:06

A taxa de transmissão da covid-19 na Bahia não para de crescer e já é a maior desde julho. Na terça-feira (1), dois dias após o 2º turno das eleições, o ritmo de contágio (Rt) da Bahia era de 1,28, mesmo número alcançado no dia 3 de julho de 2020, de acordo com o Observatório de Síndromes Respiratórias da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Isso significa que, atualmente, cada grupo de 100 pessoas contaminadas tem o potencial de transmitir o vírus para outros 128 baianos.

De acordo com os cientistas, o cálculo dessa taxa é complexo e leva em conta o número e grau de novas infecções em um determinado tempo. O índice serve para mostrar a quão contagiosa é a covid-19. Se o Rt for menor que 1, é um indício de que os níveis de contágio da doença estão caindo. Igual a 1 indica estabilidade e maior do que 1 mostra que cada indivíduo infeccioso causa, em média, mais do que uma nova infecção, representando crescimento da propagação da doença numa população, como é o caso atual da Bahia.

Para Matheus Todt, infectologista da S.O.S. Vida, o que vivemos só não é chamado de segunda onda, pois nunca nos livramos de uma primeira. “Nós passamos um mês com essa taxa menor do que 1, mas nunca em um nível baixo. Esse aumento agora já era esperado e a tendência é termos um aumento expressivo no número de casos nas próximas semanas. O panorama é crítico e está subvalorizado pelas autoridades”, disse o doutor.

Já o cientista de dados Angelo Loula, professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e membro do portal Geocovid-19, explicou que seu grupo projetou para dezembro o acréscimo de mais 100 mil casos da doença na Bahia, caso seja mantida essa tendência de alta. “Há uma curva acentuada de subida. E isso vai refletir no aumento da ocupação nos leitos de UTI e no número de mortes.  É a dinâmica da doença: as pessoas são infectadas, precisam do hospital, vão para a UTI e podem chegar a óbito”, recordou.

Foto: divulgação

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