O arrendamento do terminal de gás natural liquefeito (GNL) da Bahia voltou a estaca zero por conta de repercussões da Operação Lava Jato. O arrendamento do terminal é um passo importante para a abertura do setor, já que permite a entrada de gás de novos supridores no mercado de forma rápida.
O caso é o seguinte: o arrendamento do terminal baiano foi ganho pela empresa Golar Power, uma das maiores empresas de logística de gás natural liquefeito do mundo, que ofereceu a única proposta comercial válida no valor de R$ 130 milhões pelo ativo.
Ocorre que a deflagração da 75ª fase da Operação Lava-Jato teve como alvo das investigações o então presidente da empresa, Eduardo Antonello, por suspeitas de corrupção nos tempos em que ele atuava na Seadrill e tinha contratos com a Petrobras.
Resultado: a estatal atribuiu alto grau de risco de integridade (GRI) para negociação e a Golar Power foi desclassificada. A Golar Power diz que as investigações referem-se a condutas anteriores ao trabalho de Antonello na empresa e que o executivo foi afastado do cargo, mas não adiantou.
A BP – British Petroleum, que foi a segunda colocada, ainda tenta emplacar uma nova rodada de propostas pelo ativo e entrou com um recurso junto à estatal, pedindo uma nova chance para apresentar uma oferta pelo terminal. Mas ao que tudo indica o leilão deve ser encerrado sem vencedores e será aberto uma nova rodada de propostas.