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ARRENDAMENTO DO TERMINAL DE REGASEIFICAÇÃO DA BAHIA FOI SUSPENSO POR CAUSA DA LAVA-JATO

Redação - 05/11/2020 16:47

O arrendamento do terminal de gás natural liquefeito (GNL) da Bahia voltou a estaca zero por conta de repercussões da Operação Lava Jato. O arrendamento do terminal é  um passo importante para a abertura do setor,  já que permite a entrada de gás de novos supridores no mercado de forma rápida.

O caso é o seguinte: o arrendamento do terminal baiano foi ganho pela empresa Golar Power, uma das maiores empresas de logística de gás natural liquefeito do mundo, que ofereceu a única proposta comercial válida no valor de R$ 130 milhões pelo ativo.

Ocorre que a deflagração da 75ª fase da Operação Lava-Jato teve como alvo das investigações o então presidente da empresa, Eduardo Antonello, por suspeitas de corrupção nos tempos em que ele atuava na Seadrill e tinha contratos com a Petrobras.

Resultado: a estatal atribuiu alto grau de risco de integridade (GRI) para negociação e a Golar Power foi desclassificada. A Golar Power diz que as investigações referem-se a condutas anteriores ao trabalho de Antonello na empresa e que o executivo foi afastado do cargo, mas não adiantou.

A BP – British Petroleum, que foi a segunda colocada, ainda tenta emplacar uma nova rodada de propostas pelo ativo e entrou com um recurso junto à estatal, pedindo uma nova chance para apresentar uma oferta pelo terminal. Mas ao que tudo indica o leilão deve ser encerrado sem vencedores e será aberto uma nova rodada de propostas.

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