Pré-candidato a presidente da República, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) voltou a defender, na manhã de hoje (25), o que chamou de “valores” do regime militar, e reclamou que os militares perderam poder no país. Em entrevista à Rádio Metrópole, o presidenciável se mostrou contra o termo “ditadura” para se referir ao período. Segundo ele, a palavra é usada apenas para “desgastar”.
“Sou favorável aos valores daquela época quando a família era respeitada, quando o professor era respeitado em sala de aula. Havia o emprego, o próprio Lula diz isso. O Brasil cresceu economicamente, ninguém pode negar isso. Passamos a ser a oitava economia no mundo. Criação de muitas estatais. […] As pessoas, a corrupção tá no sangue, não como hoje em dia, mas sempre esteve no ser humano. Há de convir que a corrupção era menor do que a de hoje em dia. Tínhamos a liberdade de ir e vir”, afirmou. Bolsonardo admitiu que pode ter havido “injustiça” e “exagero” no período, mas minimizou. “O governo militar tem seu lado bom e ruim”, pontuou.
Jair Bolsonaro ainda negou ser homofóbico. “Se dois homens querem morar juntos, ou duas mulheres, que sejam felizes”, declarou. O parlamentar negou também fazer parte da extrema-direita. “Como começamos a crescer, jogaram o PSDB para a direita e me jogaram para a extrema-direita. Mas não tenho nada disso. Tem que ser extremista em alguma coisa. Eu sou extremista junto à sala de aula para que criancinha de 6 anos de idade não fique assistindo filme com dois homens se beijando patrocinado pelo Ministério da Educação”, exemplificou.
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