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PIX TEM RECORDE DE ACESSOS EM LANÇAMENTO

Redação - 06/10/2020 07:57 - Atualizado 06/10/2020

O Brasil está finalmente no caminho de ter sua primeira plataforma tecnológica multipropósito. O nome dela atende por Pix. Essa plataforma vinha sendo construída pelo Banco Central desde 2013 e foi lançada nesta segunda-feira (5). Seu objetivo inicial é muito específico e útil: criar um novo sistema de pagamentos no Brasil.

Em outras palavras, aposentar os surreais DOCs e TEDs, que apesar de serem digitais, não funcionam durante a noite nem em fins de semana. Além de cobrarem preços elevados por cada transferência, em torno de R$ 7 (preço totalmente proibitivo para a maioria absoluta da população).

Segundo o Folha de São Paulo, no primeiro dia de inscrições foram emitidas mais de 1 milhão de chaves da plataforma. Isso significa que pelo menos 200 mil pessoas procuraram se cadastrar (cada cliente pode cadastrar até 5 chaves).

Nem o Facebook, Instagram ou Whatsapp tiveram 200 mil cadastros no seu primeiro dia de uso. O número poderia ter sido bem maior. Não foi porque a infraestrutura de nuvem e de rede no país não aguentou o tranco. Sites de mais de um banco ficaram lentos ou saíram do ar por causa da demanda.

Esse é um ótimo problema de se ter. Mostra que o Banco Central construiu um serviço tecnológico que as pessoas querem realmente ter sem serem obrigadas a isso. Isso é raríssimo no setor público. Por exemplo, pesquisa do Agora e do Ideias Big Data já mostrou que apenas 12% dos brasileiros já baixaram um aplicativo governamental, número baixíssimo. Mais do que isso, o vergonhoso certificado digital, por exemplo, que custa cerca de R$ 200 por ano para ser emitido, depois de mais de 20 anos só é usado por cerca de 5 milhões de pessoas (menos de 2,5% da população), mesmo sendo obrigatório para alguns serviços.

O Pix é outra história. Ele é gratuito e permitirá que qualquer pessoa faça pagamentos também gratuitos a qualquer momento do dia. Para receber pagamentos basta passar o número do telefone, do email ou do CPF. Não precisa nem mais ficar passando nome, número de conta, agência e CPF; esses dados já vêm embutidos no serviço.

Foto: Getty Imagens

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