Em julho, o volume do setor de serviços na Bahia voltou a recuar frente ao mês anterior (-0,9%), na série com ajuste sazonal, após ter registrado duas altas seguidas (2,0% de abril para maio e 0,9% de maio para junho). Com esse resultado, o serviços baianos seguem acumulando forte retração desde que se iniciou o isolamento social para combater a pandemia da Covid-19. Nos cinco meses entre março e julho, o setor acumula queda de -24,5% no estado.
De junho para julho, o desempenho dos serviços na Bahia (-0,9%) foi bem inferior ao nacional (2,6%) e o terceiro pior entre os estados – só ficou acima das quedas registradas em Ceará (-2,5%) e Rio Grande do Norte (-1,3%). Também foi na contra-mão do movimento de alta verificado em 20 das 27 unidades da Federação, com destaques positivos para Alagoas (9,5%), Roraima (8,2%) e Distrito Federal (5,2%).
Na comparação com julho de 2019, o setor de serviços baiano também apresentou nova queda acentuada (-26,4%), mais profunda que a registrada em junho (-23,2%) e o pior resultado para o mês, no estado, desde o início da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do IBGE, iniciada em 2011. O desempenho da Bahia nesse confronto (-26,4%) foi bem pior que o nacional (-11,9%) e representou o segundo recuo mais intenso entre os estados – menor apenas que o verificado no Rio Grande do Norte (-28,4%). Nesse confronto com o mesmo mês do ano passado, apenas Rondônia (5,2%) e Mato Grosso (0,8%) tiveram altas no setor de serviços.
Mantendo-se apenas com resultados negativos neste ano, frente aos mesmos períodos de 2019, o setor de serviços na Bahia acumula recuo de -18,0% de janeiro a julho de 2020, que é até agora o pior ano para o setor no estado desde o início da PMS, em 2011. O desempenho baiano é o 2o pior dentre as 27 unidades da Federação, à frente apenas de Alagoas (-19,0%). No país como um todo, os serviços acumulam queda de -8,9% no ano de 2020, com resultado positivo apenas em Rondônia (3,9%). Nos 12 meses encerrados em julho, os serviços baianos também seguem em baixa (-11,7%). Um desempenho bem inferior ao nacional (-4,5%) e o terceiro recuo mais profundo entre os estados.
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