Afastado do cargo, o governador Wilson Witzel pode estar envolvido em um esquema de propina a desembargadores da Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro, pelo menos é o que indica uma investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo o portal IG, a PGR acredita que Witzel tentou incluir a Secretaria de Saúde do estado num esquema pré-existente no Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-1), para que a pasta pagasse diretamente à Justiça dívidas trabalhistas de OSs (organizações sociais) que tinham valores a receber do governo. O plano acabou não se concretizando no estado.
“Para a OS, ingressar no esquema criminoso seria vantajoso, pois seria uma oportunidade de receber do estado os valores a título de restos a pagar, o que, em geral, é bastante dificultoso, bem como, com sua inclusão no Plano Especial de Execução na Justiça do Trabalho, poderiam obter a certidão negativa de débitos trabalhistas”, declarou a PGR. Witzel foi afastado do cargo pelo ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro. A medida tem validade por 180 dias e pode ser aumentada.
Foto: Reprodução/TV Globo