A fala transfóbica de Marília Mendonça reacendeu, na última semana, a discussão sobre o preconceito contra pessoas LGBTQIA+ no meio sertanejo. Na ocasião, a cantora fez piada ao contar a história de um amigo que teria ficado com uma mulher transexual em uma boate em Goiânia e pediu desculpas após receber críticas dos internautas nas redes sociais, que explicaram – com razão – o motivo da piada ser tão grave.
O Brasil é o país que mais mata transexuais e o comentário de Marília reflete, infelizmente, o que boa parte dos artistas e fãs heterossexuais e cisgêneros (indivíduo que se apresenta ao mundo e se identifica com o gênero biológico de nascença) do sertanejo reproduzem: o machismo e o preconceito.
O meio não é acolhedor, muito menos nos shows em que o público frequentador é praticamente composto por – somente – homens e mulheres cis heterossexuais. Até mesmo artistas do mainstream ainda mantêm a orientação sexual em segredo pelo medo do preconceito afetar a carreira em pleno 2020.
foto: Quem