Para a Polícia Federal, “não pairam dúvidas” de que Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo Jair Bolsonaro no Senado, tenha recebido propinas de empreiteiras. A informação foi divulgada neste final de semana pelo site O Antagonista. O parlamentar é alvo da Operação Desintegração. De acordo com o site. a PF pediu mais prazo ao Supremo Tribunal Federal (STF) para colher os depoimentos do senador, do filho dele, o deputado federal Fernando Coelho Filho (DEM-PE), e de dois assessores e empreiteiros investigados.
Mesmo assim, informa o site, a delegada da PF em Pernambuco, Andrea Pinho Albuquerque da Cunha, “já está convencida de que Bezerra recebeu das empreiteiras responsáveis pelas obras do Canal do Sertão e da transposição do Rio São Francisco um total de R$ 5,5 milhões em propina”. Mensagens encontradas pela PF no telefone celular do deputado federal Fernando Coelho Filho teriam revelado “intensas tratativas comerciais” entre o parlamentar e um dos principais lobistas de Brasília, o advogado Marcos Joaquim Gonçalves Alves. Gustavo Lima (Câmara Federal) / Divulgação / 11.3.2015 Mensagens no celular do filho do senador, Coelho Filho, substanciam acusação Coelho Filho, ministro das Minas e Energia no governo de Michel Temer (MDB), é figura da Câmara que vem se alinhando ao governo Bolsonaro, com o pai liderando a bancada governista no Senado.
Marcos Joaquim, ligado ao ex-deputado Eduardo Cunha (encarcerado desde 2016 por corrupção e atualmente em prisão domiciliar), segundo o Antagonista, “se autointitulado amigo do peito de Rodrigo Maia (demista atual presidente da Câmara), e já teria aparecido em outras investigações “intermediando interesses heterodoxos e até propinas”. Recentemente, o senador Fernando Bezerra destacou que a aproximação do presidente Jair Bolsonaro do Centrão deve melhorar a relação do Executivo com os outros Poderes.
“No primeiro ano, a relação do governo com o Congresso teve altos e baixos. O que ajudou muito foi que o perfil médio dos parlamentares eleitos, tanto na Câmara quanto no Senado, tem uma afinidade grande com a agenda de reformas da área da economia. Acho que o governo finalmente terá uma base que estimo ser maior que 260 votos na Câmara e 50 no Senado”, avaliou Bezerra.
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