A produção industrial da Bahia registrou variação positiva de 0,6% em junho, frente ao mês anterior com ajuste sazonal, após ter avançado 6,4% na passagem de abril para maio, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgada hoje (11), pelo IBGE. Este foi o pior junho da produção industrial baiana na série histórica do IBGE, iniciada em 2002.
O segundo crescimento seguido, no entanto, ainda não compensa as perdas em razão da pandemia. Nos quatro meses de março a junho, a queda acumulada na produção industrial baiana foi de 22,4%, reduzindo muito pouco em relação ao acumulado até maio, de retração de 22,8%.
De maio para junho, a alta da atividade fabril na Bahia (0,6%) foi a segunda menor entre os 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) Regional do IBGE. Ficou acima apenas do resultado do Espírito Santo (0,4%) e bem abaixo do desempenho nacional (8,9%). Nessa comparação, houve resultados positivos em 14 dos 15 locais. Apenas Mato Grosso teve queda (-0,4%), enquanto Amazonas (65,7%), Ceará (39,2%) e Rio Grande do Sul (12,6%) tiveram os melhores desempenhos.
Em relação a junho de 2019, a produção industrial baiana recuou 14,4%. Foi o terceiro resultado negativo nesse confronto, mas mostrando desaceleração no ritmo de queda em relação aos meses anteriores (-26,2% em abril e -20,6% em maio).
O resultado da indústria baiana na comparação com o mesmo mês do ano passado ficou abaixo do nacional (-9,0%) e foi a terceira queda mais acentuada dentre os 15 locais pesquisados, acima apenas das verificadas no Esprito Santo (-32,4%) e no Ceará (-22,1%). Os resultados negativos seguiram predominantes em junho, e 12 das 15 áreas investigadas tiveram quedas. Goiás (5,4%), Pernambuco (2,8%) e Mato Grosso (1,6%) foram os únicos a apresentar avanço.
No primeiro semestre de 2020, a produção da indústria na Bahia acumula perda de 7,3%, em relação ao mesmo período de 2019. O resultado é melhor que o do Brasil como um todo (-10,9%). Nos 12 meses encerrados em junho, a indústria na Bahia também se mantém no negativo (-5,6%), frente aos 12 meses imediatamente anteriores. O resultado está idêntico ao verificado no Brasil como um todo (-5,6%).
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Foto: Amanda Oliveira/GOVBA