Em junho, deste ano, a pandemia do novo coronavírus seguiu impactando negativamente o rendimento médio mensal dos trabalhadores na Bahia, e o estado teve a maior proporção de pessoas ocupadas com redução salarial do país. No mês, 4 em cada 10 pessoas ocupadas (41,5% ou 2,137 milhões de trabalhadores) tiveram redução no que de fato receberam (rendimento efetivo), comparado com o que costumavam receber (rendimento habitual).
Apesar de ter tido uma leve variação para baixo em relação a maio (quando havia sido de 42,4%), o percentual na Bahia foi o maior entre os estados e bem superior ao verificado no Brasil como um todo (35,9%), informa a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD COVID19, divulgada hoje (23) pelo IBGE.
A redução média no rendimento de trabalho na Bahia, em junho, foi de 20,0%. Habitualmente, os trabalhadores no estado tinham um rendimento médio mensal de R$ 1.621 e, em junho, receberam efetivamente R$ 1.298 (menos R$ 324).
Assim como já havia ocorrido em maio, todas as 27 unidades da Federação registraram, em junho, rendimento médio de trabalho menor que o habitual. A redução percentual do valor na Bahia (-20,0%) manteve-se como a quarta mais intensa. No Brasil como um todo, a diferença foi de -16,6% entre o habitualmente recebido (R$ 2.332) e efetivamente recebido (R$ 1.944).
Além dos 2,1 milhões que tiveram seu rendimento reduzido, em junho, na Bahia, 618 mil pessoas não receberam salário no mês, por estarem afastadas do trabalho. Esse número representava metade (52,3%) de todos os afastados no estado (fosse por causa da pandemia ou não) e 1 em cada 10 trabalhadores baianos (12,0% do total de pessoas ocupadas).
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