O secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas criticou hoje (06) o reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), João Carlos Salles, após a Justiça acatar, na última semana, um pedido da UFBA e embargar 24 leitos do Hospital Salvador, que seriam dedicados exclusivamente para atendimento a pacientes com o novo coronavírus.
Na ação, a UFBA alegou que o tratamento de pessoas com Covid-19 na unidade coloca em risco a saúde de gestantes da Maternidade Climério de Oliveira (MCO), gerida pela universidade, e que está com a UTI funcionando no hospital, temporariamente.
“É uma atitude incompreensível, lamentável, essa insensibilidade do reitor da UFBA em adotar essa medida, se dispor a brigar judicialmente para impedir que a prefeitura ofereça 25 leitos de UTI para a população. O governo, inclusive, já orientou a Maternidade Climério de Oliveira, que está em um espaço alugado, que mude o perfil para ser maternidade de gestantes com coronavírus. O sistema público de saúde orientou que mude o perfil. A maternidade presta serviços ao SUS da Bahia, que paga pelo serviço. Eles estão resistentes em aceitar isso, e ainda mais impedindo a abertura de 20 leitos. Lamentável ver a UFBA trabalhando contra o interesse da saúde pública da Bahia”, declarou o secretário em entrevista ao Jornal da Manhã da TVBA.
Em nota publicada no site da universidade, na sexta-feira (3), a UFBA diz que desde o começo da pandemia, tem atuado firmemente na defesa da vida e da saúde da população, ombreando com a sociedade baiana e suas lideranças na luta contra a pandemia. “Sempre aberta ao diálogo, a Universidade realizou reuniões com a prefeitura para tentar chegar a uma saída razoável, que dispensasse a judicialização do problema, mas não houve acordo”.
Foto: Reprodução/TV Bahia