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SEM APOIO INTERNO BOLSONARO PODE TROCAR MINISTRO DA EDUCAÇÃO ANTES MESMO DELE ASSUMIR

Redação - 05/07/2020 08:00 - Atualizado 05/07/2020

Depois de convidar o secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, para ser ministro da Educação, o presidente Jair Bolsonaro decidiu segurar o anúncio em razão da repercussão negativa que o nome teve entre apoiadores de grupos ideológicos e evangélicos. Bolsonaro telefonou para Feder na última quinta-feira (2), e havia inclusive a expectativa de que o secretário viesse a Brasília já nesta segunda-feira (6), segundo assessores próximos do presidente.

Feder já havia sido cotado para chefiar o Ministério da Educação há pouco mais de uma semana, mas Bolsonaro acabou optando por Carlos Alberto Decotelli, que ficou apenas cinco dias nomeado e não chegou a tomar posse no cargo de ministro. As resistências a Feder vêm do fato de ele ter trabalhado no governo tucano de São Paulo, mesmo que por pouco tempo, e por ele ter doado recursos para a campanha à prefeitura de São Paulo de João Doria, atual governador do Estado. Além disso, Feder é considerado pouco alinhado a grupos evangélicos.

Ele ainda desagrada à ala ideológica do governo, que se reúne em torno das ideias de Olavo de Carvalho. O escritor apadrinhou tanto a escolha de Ricardo Vélez Rodríguez quanto a de Abraham Weintraub, ex-ministros da Educação. A quem o acompanhou na viagem a Santa Catarina neste sábado (4), Bolsonaro afirmou que a escolha do novo ministro ainda não está feita.

Foto: Reprodução

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